sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Carta ao Fim do Mundo
terça-feira, 24 de julho de 2012
Remetente: Consciência
É péssimo esse sentimento, que veio crescendo de uns dias pra cá, e eu tolo como sempre somente deixei que ele crescesse, o alimentei mesmo que sem querer.
Quero que isso passe, mas pra isso quero você aqui, por horas acho que não sou o suficiente para você, mas é tudo que eu quero ser, nada além do suficiente, tenho medo que me cobre mais que isso.
Sei de minhas limitações e minhas capacidades. Mas por agora, permita que eu seja somente o suficiente. Nessa nova fase eu ainda não sei jogar, tenho tropeçado muito em várias pedras ao invés de removê-las. Só peço isso me permita ser somente o suficiente.
Att,
Consciência
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Aquilo que podemos escolher
Amigo irmão: Aquele que esta sempre te apoiando mesmo sabendo que vai dar merda, afinal mesmo te amando ele gosta de ver você se ferrar.
Amigo “vó”: Sempre fazendo todas nossas as vontades e nos apoiando quando estamos errados, às vezes brigam, os achamos caretas, mas não tem como não amá-los, sempre têm os melhores conselhos.
Amigo pai/mãe: Os mandões, “faça isso”, “faça aquilo”, “você não vai fazer isso”, são o que mais ouvimos deles, além de alguns conselhos, esses sempre deixados de lado, mas só fazem isso por que nos amam.
Amigo tio/tia: Aparece de vez em quando, mas não deixa de ser indispensável na nossa vida.
Amigo primo/prima: Aqueles super inconvenientes, porém são com eles as melhores risadas.
E a todos aqueles que estão ao meu lado, que fazem do meu dia a dia algo mais interessante. Até mesmo a todos aqueles que pelo acaso ou pelo destino de nossas vidas hoje está longe, e também para aqueles outros que passaram pela minha vida e mesmo que não nos falamos mais hoje fazem parte da minha história. Um excelente Dia do Amigo.
domingo, 24 de junho de 2012
Tia Esperança
Assustado, acanhado, sem saber exatamente o que fazer e como fazer, era tudo que podia sentir além do prazer de estar naquela situação toda. Não confessava a ninguém, mas adorava viver assim, essa sensação de nada poder dar certo é o que o movia e que lhe dava vontade de fazer tudo aquilo ainda mais real, palpável.
“Se dessa vez for para dar tudo errado de novo, pelo menos tive forças para tentar novamente”, com essas palavras e com os olhos lagrimejando, pois por alguns instantes toda aquela memória suja do seu passado triste tomou conta do seu ser enquanto tentava finalizar a carta com as boas novas para aquela que sempre esteve lá para reerguê-lo, a tia Esperança.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Reencontro
Pela manha sua companheira mal sentiu sua falta na cama, havia muito tempo que ela já não o notava, não o sentia como antes, se tornaram estranhos em um mesmo teto. Acariciou seu gato, o alimentou, abriu a janela, admirou o cinza do viaduto que passa logo a frente de sua sacada, inspirou profundamente aquele ar de poluição e procurou seus cigarros.
Ele havia saído umas duas ou três horas antes sem fazer barulho, também acariciou seu gato, procurou qualquer coisa em que pudesse levar umas mudas de roupas e alguns pacotes de bolacha, também admirou o cinza do viaduto que passa logo abaixo de sua sacada pelas cortinas velhas e empoeiradas, e suspirou lendo mais uma vez o bilhete que havia escrito para ela. Apanhou seu violão mais uma vez acariciou o gato que estava em suas pernas. Fechou a porta.
Ela, foi agora tomar seu café, ligou a cafeteira, pegou a xícara no armário, havia um saco de pão do dia anterior e algumas bolachas em um pote. Sentou-se na poltrona a frente da janela, agora com as cortinas abertas. Abraçando as pernas com a mesma mão que segura seu cigarro olhava o horizonte, como quem esta a procura de algo enquanto tomava a seu café amargo, como é de seu gosto.
Ele já esta com fome novamente, as bolachas que havia pegado não foram o suficiente.
Ela, algum tempo depois sentiu falta de algo, foi ao banheiro, depois ao quarto, naquela manha ela não tinha escutado aquele “bom dia” com um tom de desculpas, que ela ignorava, não tinha ouvido o “ainda de te amo”, que sempre a comovia, mas não apaga a dor que ainda sentia.
Ele, ainda não havia proliferado uma palavra se quer naquela manhã fria de sol. Mas não a tirava de seu pensamento.
Ela voltou à cozinha, foi a geladeira beber água e ver o que podia ser seu almoço, ficou ali parada alguns instantes, olhando o vazio, sentindo o ar gelado, por um momento pensou que ali poderia ser o reflexo de si mesma, de como se sentia.
Ele parado em frente a uma praça cheia de mendigos, todos deitados, sem motivação, sem sonhos, sem mais desculpas. Pensou que era assim que se sentia. Perdido, sem mais o que fazer, sem mais pelo que sonhar. Correu o mais rápido que pode tentando mais uma vez fugir de si mesmo, ou talvez se encontrar em algo, ou algum lugar que o tivesse perdido, e toda vez que tentava pensar nesse lugar pensava cada vez mais nela, e todas as respostas que encontrava era ela.
Decidiu voltar pra casa, enquanto voltava não sabia se era certo, não sabia se queria somente que era ali onde se sentia mais perdido o lugar onde também poderia de encontrar. Não quis esperar o elevador subiu os sete andares pela escada, largou a mochila com algumas roupas, e seu violão na porta que estava apenas encostada e a viu olhando para o bilhete escrito no papel amarelo com caneta azul escura, o fitava sem piscar, como se houvesse ali, mais coisas do que somente um bilhete. Após alguns instantes, fechou a porta de geladeira, sentou a mesa da cozinha de frente ao bilhete que lera, e murmurou baixinho, “bom dia, também te amo querido”.
Escutando isso fechou a porta, tomou de volta o violão e a mochila e foi dar uma volta com um sorriso em seu rosto, agora ele havia se encontrado.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Cansei de mim
Mas hoje não, hoje volto a ser aquele jovem sem medo dos tapas que a vida pode me dar, voltei a ter vontades e quero realizá-las, não vão ficar mais somente no desejo. Pelo menos vou tentar, cansei de me entregar facilmente as dificuldades cotidianas, me render a elas me tornou algo que nunca fui.
A partir de hoje.... Quero mudar muitas coisas.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Coisas Passadas
Sinto falta de algo que nunca tive, e de algumas coisas que tive e não soube aproveitar. Algumas delas eu desprezo. Outras nostalgias vêm me incomodar neste momento.
Por que tudo isso me ocorre em noites como esta? Para alguns, muitos, elas são ótimas para dormir, ficar junto com alguém, etc., para mim toda essa melancolia dos pingos no telhado, no asfalto e nos vidros da janela me fazem assim um refectivo melancólico de coisas passadas e futuras.
domingo, 29 de abril de 2012
Sem Saber
Mais um fim de semana vazio com saudades daquela que com um beijo roubou sua atenção com um abraço tomou seu mundo e com seu olhar o mergulhou em um mar tranquilo na sua tormenta. - Não sei explicar bem o que acontece entre ela e eu, somos tão distantes, mas mesmo assim, às vezes me sinto tão próximo a ela a sua essência. Não nos vemos com muita frequência confesso às vezes nem mesmo saudades tenho, mas sim necessidade da sua presença ao meu lado. Sentir seu cheiro, ouvir sua voz, tocar sua pele.
É estranho pensar em um (pseudo) casal assim, até pra quem faz parte do mesmo. Mais estranho ainda é estar com alguém e não saber o que aquela pessoa é sua, amiga? Ficante? Namorada? Rolo? Ou só mais um caso? Essa última não é bem o que eu quero agora. – A mãe se levanta e continua abanando a fumaça. O pai fecha o jornal e pergunta “a que horas começa o jogo?”.
O filho se levanta acena com a cabeça com uma negativa de não saber bem do que se trata e vai para o quarto, ainda sem saber a resposta - porta batendo.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Cresci, será?
Sou brincalhão, dou risada de coisas bobas, brinco com as crianças, faço piadas sem graça, chego a agir como uma criança, eu nunca vou deixar morrer aquele menino de dez anos que de vez em tempos retorna e limpa meu olhar sobre o mundo em que vivo.
Mas também sei ser maduro e sério em algumas situações. Pra falar a verdade quem acha que depois de certa idade temos que ser sérios, não podemos mais fazer certas coisas que são “coisas de criança”, mas quem disse que isso ou aquilo é coisa de criança ou não, por que eu não posso brincar mais de dar cambalhota, é ridículo, mas o que seria da vida sem o ridículo, faz parte.
Eu gosto de ser assim, criança, me faz bem, me tira um pouco dessa realidade adulta que é chata, o mundo da criança é muito mais interessante. Eu aproveitei muito a minha infância, não tenho do que reclamar, mas sempre que tenho a oportunidade, e mesmo que não tenha eu arrumo uma.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Porque sempre correndo?
Confesso tenho medo dessa pressa toda do dia-a-dia, medo de que ela me faça perder o essencial, o que realmente é interessante na vida. Medo de a vida toda passar de pressa e eu não a sentir, não a ver. Houve momentos em que a pressa me fez perder a essência deles, que não os sentisse completamente, sem aproveitar nada às vezes. Mas sei que seriam momentos incríveis caso eu tivesse parado um segundo que seja para ter prestado atenção, fechar os olhos e sentir.
A pressa é amiga daquilo que é superfulo e inimiga daquilo é sublime ao ser humano. Pois estas últimas demandam certo tempo para que ocorram.
Privamos-nos disso diariamente, porém há sempre uma forma de fugir dela e dar atenção as coisas bonitas que acontecem ao nosso redor.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Sentença
PAROU....
Depois de escutar isso fiquei pensativo, tem algo errado nesse pensamento ai, ou outro pensamento que eu já escuto há mais tempo que esta errada. Mulher pensa mais e é passional, o homem pensa menos e é racional, como assim?
Com esse quadro vejo e penso o seguinte, os quadros se inverteram ou sempre foram assim e erra hipócrita de perceber, sendo a primeira opção agora a mulher é o ser racional e o homem o ser passional. Pois sim concordo com a sentença que escutei. O mundo é de mudanças, que sejam elas bem vindas, as mulheres sim já nos dominam, nada mais do que considerá-las mais racionais.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Ele esta crescendo!
O que mais me chocou com isso foi o fato de que pra mim, ainda parece que tudo isso foi ano passado, quando acordava ao 12h30 e tinha que estar na escola ás 13h, e meus amigos que normalmente me acordavam. Caramba o tempo passou e eu nem senti.
Agora eu posso rever tudo, exatamente tudo que eu fiz no meu irmão, frequentando a mesma escola que eu, seguindo alguns passos parecidos, eu quero ser um bom irmão daqueles que nunca vai o deixar errar para ter que aprender com os erros, mas sei que isso é impossível, a vida não pode ser assim fácil, de mão beijada. Entendo que meu papel agora e estar ali pra quando ele precisar, aconselhar, e deixa estar sem interferir. Vê-lo crescer é algo estranho, mas é bom, até ontem ele me chamava pra tudo, sempre pedindo ajuda auxilio hoje ele já se vira sozinho. Do mesmo jeito que eu cresci ele esta crescendo. É complicado aceitar.
*(Confesso que por mais velho que eu e ele estejamos, sempre vou tratá-lo como criança)
segunda-feira, 5 de março de 2012
Foi tudo tão rápido
As coisas começaram como sempre começam de praxe fomos apresentados por um amigo em comum, já no segundo encontro ficamos juntos. O que era aquele beijo, nossos lábios se casaram de certa maneira que era impossível se aproximar sem querer beijá-los novamente.
O tempo passou a gente saia sempre, tínhamos momentos incríveis juntos. Mas tudo muito rápido, não queríamos esperar para ver se ia dar certo, já tínhamos planos, sonhos juntos. Este foi o momento ápice do relacionamento, as horas de conversa ao telefone, as trocas de olhares carinhosos e provocantes durante os encontros, as risadas com os amigos em comum, não éramos namorados, mas também não éramos só amigos, era algo que transcendia esses rótulos. Porém uma hora os rótulos chegariam, não estávamos preparados para isso (será? Eu pelo menos não estou ainda) o que somos na verdade? Amigos? Namorados? Será que eu a amava? Não sei, não deu tempo para pensar nisso, na verdade não me preocupei em pensar nisso enquanto podia, enquanto ainda era a hora certa.
Um dia após mais um dos maravilhosos encontros as coisas mudaram, já não tínhamos mais assunto, já não trocávamos mais sms durante o dia, já quase não nos falávamos mais, quando por acaso nos encontravam as palavras eram poucas e tímidas, quase que por educação nos cumprimentávamos. Um clima chato, nós não éramos assim, o que nos fez desse jeito foi à covardia de revelar algo que ambos sabíamos, porém estava difícil de aceitar. Não queríamos ser apenas amigos naquela altura do campeonato, aceitar que tudo aquilo que tivemos no começo era somente desejo foi doloroso, mas suportável.
Alguns dias se passaram assim, nesse vazio que nós nos tornamos, finalmente tentamos nos encara mais uma vez para quem sabe solucionar esse problema, acabar com a nuvem negra que tinha se tornado nossa convivência.
Ela quase não disse nada, nem seu olhar direcionava para mim, e eu não conseguia para de lhe observar, cada pequeno gesto de timidez e constrangimento que fazia, eu não a conhecia daquele jeito, era uma nova mulher que estava na minha frente, que mais uma vez me despertou uma vontade, uma vontade de conhecê-la mais, não queria tirar ela de minha vida, não queria que ela se afastasse, mas também já não tinha, mas aquele desejo que tive outrora, e no momento em que seus olhos se ergueram e encontraram os meus, disse quase sem pensar com um leve sorriso no rosto - “Amigos?”, a sua resposta não foi com palavras, mas sim com um sorriso de alivio e felicidade como quem dizia, ‘obrigado por falar o que estava ensaiando a horas mas não consigo dizer’.
Nossa historia foi curta, mas intensa, vivemos tudo de bom que podíamos nos oferecer naquele momento, agora nos restou a amizade, e essa eu tenho certeza que pode durar.
domingo, 4 de março de 2012
Noturnos
Cheiro de cigarro e álcool, a musica aqui é alta, é impossível manter o foco e m uma única coisa, a batida envolvente da musica, as pessoas de vários tipos e idades, dançando , rindo bebendo, fumando. Estou aqui mais uma vez sentado neste puff, somente observando as várias coisas que acontecem ao meu redor, todas elas seguindo uma mesma sintonia, uma mesma linha teórica.
À noite as pessoas parecem que possuem uma segunda vida, uma vida na qual elas podem extravasar, a vida que durante os dias de rotina se oculta, se faz inexistente, mas uma hora ela veio a tona, mesmo cansados de uma semana de trabalho, escola, faculdade, família, nos transformamos em criaturas noturnas, com outras leis, outros pudores.
Essa segunda vida nos permite liberar tudo o que acumulamos de ruim, todas as energias negativas, caras feias, olhares de inveja. Na noite cada olhar é um novo caminho, cada beijo uma descoberta, cada sorriso uma nova viagem, cada toque uma sensação.
sábado, 3 de março de 2012
Estranhos
(...) esse foi, mais um dia rotineiro chegando ao seu fim, boa noite.
O despertador mais uma vez me acorda de um sonho daqueles, dos quais nunca queremos acordar, onde tudo parece ser perfeito, uma utopia mágica, mas acreditamos nela e a queremos, mesmo sabendo que é impossível.
Na verdade não tenho o que reclamar da minha vida, trabalho naquilo que gosto, tenho uma boa casa, um bom carro, tenho bons e verdadeiros amigos, minha família esta sempre reunida, mas como todo o ser humano, quero sempre mais. Por que será que nunca nos satisfazemos com o que temos?
Morro sozinho mesmo tendo uma noiva, mas somos modernos – também não tenho o que reclamar dela, bonita, inteligente, simpática e independente, tudo o que mais admiro em uma mulher -, desço as escadas, nada de incomum aparentemente, mas neste dia algo ocorreu, sentia algo estranho, como se do dia para a noite muitas coisas se transformaram em minha vida. A rotina foi normal, academia, trabalho, aulas de inglês, tudo normal, somente as pessoas mudaram. Não sei estava tudo tão estranho, olhares, conversas, assuntos, pareciam não ser as pessoas que eu conhecia. Tudo ao meu redor estava com uma conotação diferente daquela que estava acostumado.
Não entendia muita coisa no começo, bom até agora não entendo, muitas coisas estão estranhas ainda, não me acostumei ainda a todas elas, a todos os novos olhares, os novos assuntos, os novos conceitos, mas a coisa que mais me intriga é como isso aconteceu, como e tão rápido, será eu o único a não saber o motivo de tantas revoluções? Ou será que não tenho essa capacidade? Serei eu que mudei e não percebo? Mesmo assim são coisas estranhas de mais para mim.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Morador de Rua
Confesso que fiquei surpreso com sua pergunta. Porque será que ele tem esse conceito? No mesmo momento alguns segundos de digerir a pergunta, eu retruquei. “Porque você acha isso?”, sua resposta foi quase que instantânea “por que para ajudar pessoas como eu, têm que ser das duas uma”.
Passei o dia pensativo, como assim “das duas uma”, cheguei a comentar o fato com alguns dos meus colegas de trabalho, eles não deram muita importância ao assunto, tinham suas pautas para encerrar. No final da tarde quase encerrando meu expediente, um momento de epifania, a resposta se tornou clara. Em uma sociedade doente como a que vivemos uma pessoa só é generosa com alguém quando ela passa, passou ou já chegou próximo da situação da pessoa que esta ajudando. Bom, essa é uma explicação que me pareceu muito plausível.
Mas eu nunca cheguei perto de uma situação parecida com a dele, somente faço a minha parte como ser humano que se importa com o seu semelhante, sempre que é possível. Ele não será a primeira pessoa a me perguntar isso, continuo ajudando ele toda vez que ele me pede e que é possível, não somente ele mais a qualquer um. Não sou melhor ou pior que ninguém por causa disso, mas quando isso me é possível me encho de um sentimento que não sei definir.
domingo, 29 de janeiro de 2012
Palavras
Nem sempre elas se juntam para dizer algo necessário. Essas letras, códigos que o homem criou para poder se comunicar, também serve para oprimir, negam coisas e sentimentos, em outros momentos transmitem esses mesmos sentimentos que outrora escondeu, divide as dores e a tristeza.
Algumas palavras que sozinhas podem dizer TUDO, outras não dizem NADA, também existem aquelas palavras VAZIAS sem sentido ou sem significado, outras que mesmo sendo pequenas são CHEIAS de sentidos.
Agradeço todos os dias pela palavra, esse aglomerado de códigos que transmitem algum significado. Imagino como seria a vida sem ela. Talvez não pudesse nem expressar tudo que já disse antes, quem sabe eu já não teria enlouquecido também por ter guardado tudo dentro de mim, essas coisas que não sei dizer, mas posso escrever.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Belas
Quando ouço falar da beleza feminina eu a imagino diferente da beleza comum, aquela beleza que apresentadora da TV tem, que a sua vizinha pode ter, etc... A beleza feminina não é algo que todas as mulheres, mesmo que belas possuem.
Esta outra forma do belo na mulher vai muito além do seu corpo, dos seus cabelos, do seu sorriso, do seu olhar, é mais profundo, imerge de seus movimentos, é um conjunto de todos os fatores citados, uma coerência que hipnotiza. Essa beleza tem haver com o charme, com o carisma, com a atitude, confiança, elegância. Não desmereço os outros tipos de beleza com este texto, respeito tudo aquilo que é belo, e os diferentes tipos de beleza. Só afirmo aqui que esta beleza que não pode ser construída, moldada, é a que mais me chama atenção.
Afinal, tem coisa mais bonita do que ver belas mulheres em movimento?
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Se Correr
Algumas coisas na vida não têm como se explicar, e mesmo que se procure por todos os lados as explicações nunca aparecem. Havia ela e ele em um relacionamento saudável, daqueles comuns que vemos por ai pela cidade, nos parques e parques nas tardes ensolaradas de um fim de semana na cidade grande.
O que eles não esperavam era que surgisse o outro. O outro chegou do nada, apareceu tão repentinamente na vida dos dois quanto sumiu. Ele e ela adoravam ir a festas, eventos, bares, eles curtiam a vida, curtiam a noite. O outro também, mas ele tinha um algo mais, algo mais que chamou a atenção dela, o outro ilustrava todas as suas fantasias de liberdade, desejo, atração, o outro era o espírito livre que ela desejava ser.
Uma noite, saio sozinha com as amigas, e como sempre o outro estava lá, Ele tinha viajado, com sua mãe, resolver problemas da família. Conversas, risadas altas, bebidas fortes, a musica que contagiava seu corpo leve que naquele momento se deixava levar pelo ritmo forte da musica que tocava. O outro encostado no bar com seu copo a olhando dançar, dançava de uma forma convidativa, foi ao seu encontro, dançaram juntos por horas sem trocar uma palavra, mas os olhares diziam tudo. Aquela noite foi o berço de uma paixão momentânea. A noite não acabou depois das 6 horas da manhã.
Ele voltava de vigem, e foi ao encontro dela, ela não o tinha esquecido, mas estava encantada demais pelas sensações do outro, afinal ela não queria trocar uma vida por uma noite. Mais perdeu a noção do tempo, o sonho era muito bom para ela querer acordar. Ele chegou, o outro ainda estava lá – brigas, discussões, acusações, verdades, berros, mentiras – não havia outro jeito, ele partiu. O outro não gostava do clima que ficou depois disso tudo, afinal ele era um sonho, não podia se tornar realidade, uma noite não pode durar para sempre.
Ela tentou se conformar com o fim de sua historia, a vida é de escolhas, ele não consegui esquecer-se de seu amor tranqüilo. A vida traiçoeira, como é de sua personalidade, fez com que ele e ela voltassem a se reencontrar, pelas esquinas desentendidas da cidade. Ela nunca tinha se esquecido de seu cheiro, era como mancha na roupa, que ela fazia questão de não lavar. Ele continuava sendo alvo fácil para aqueles seus olhos claros que pareciam com a estação que ia chegar logo. Os dois correram a procura de socorrer um ao outro. Já o outro, foi somente um sonho, um sonho bom na vida dela, que chegou ao final.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Mal do Homem
O homem é um bicho complicado. Muito complicado, até ele mesmo não se entende. Acho que essa é a graça de ser humano. Graça, isso não tem é graça nenhuma. Queremos sempre o perfeito mais sabemos que ele não existe afinal se tudo fosse realmente perfeito imaginamos que o mundo seria chato, e não é isso que queremos um mundo que seja chato, parado, monótono, com tudo perfeito, sem nada pra se fazer. Ou é isso que nós queremos? Tenho certeza que não, vejo por ai que o que impulsiona a vida na Terra é exatamente isso, a busca pela perfeição, ou seja, enquanto ela não existir haverá vida na neste planeta de população estranha que só sabe reclamar.
Olha que contraditório, eu reclamando da reclamação constante do homem, vai entender, mais eu odeio reclamação.
Imagen: Portal R7
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Ele - Ela
Ainda era jovem quando em um momento de imprudência, que eram poucos em toda sua breve vida, em uma festa no segundo ano da faculdade engravidou sua colega de sala. Foi nessa hora que ele viu sua juventude passar pela sua cabeça, em um filme curto, um micro metragem, mal havia começado já estava com seus dias contados, meses.
Caminhando pelas ruas do seu bairro, na periferia, lembrava das historias das noitadas de seus colegas de trabalho, aquelas que ele escutava com uma leve inveja, que ele tentava ocultar falando de sua vida de casado, dos progressos de seu pequeno filho. Na realidade mesmo amando seu filho, ele já não se sentia mais atraído por sua esposa, nem a esposa por ele, o casamento havia sido uma obrigação na vida dos dois. Ele queria ser livre como seus amigos e colegas, ela queria poder conhecer outros rapazes, ele havia sido o primeiro e único até então.
Passou horas caminhando com esse pensamento, e pensou em maneiras colocar um ponto final nesta historia que ele sabia que nenhuma das partes estava satisfeita, porém ninguém tinha a coragem para a decisão. O seu dia correu bem, tudo na sua maior normalidade.
Chegando a casa, quando a Lua já estava subindo em uma noite de outono estrelada, olhou seu filho brincando com alguns objetos no tapete da sala em frente a TV. Sua mulher sentada a mesa com o telefone na mão, fechou porta, sentou na poltrona, olhando para o olho de seu filho que o olhava com um sorriso esperançoso, tomou coragem, chamou a esposa, que parecia saber e concordar com o que estava prestes a acontecer. Conversaram por horas, por fim tomaram a decisão que acharam que seria a mais complicada da vida de ambos. O filho sempre foi uma criança forte, poderia conviver com pais separados, porém com certeza não estaria bem em um lar infeliz.
Na mesma noite, minutos depois ele saiu, foi ao bar encontrar os colegas de trabalho e amigos do tempo da faculdade, foi fazer o que nunca tinha feito desde aquela festa, se divertir.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Confusão
Afinal o que tinha ocorrido naquela noite, tudo que parecia estar resolvido, em um momento se transformou em uma avalanche. Porque ela não previu isso antes? Ela sempre tão programática, sempre com planos e metas definidas, e não pode haver possibilidades para erros.
Ela rolou a noite inteira de um lado para o outro, as luzes da cidade a noite começavam a incomodar seus olhos cansados, o barulho dos automóveis passando na avenida a deixavam perturbada, ela queria silêncio, ela queria o escuro, para que assim pudesse mergulhar no seu íntimo e quem sabe achar as soluções. Mas tinha que ser rápido, não se pode deixar nada para depois.
Em uma ânsia, um momento de epifania, como se ela sempre soubesse a resposta mais não queria aceita-la, levantou e correndo procurando a primeira coisa que a pudesse conectar, queria se comunicar. Mais...será que ele estaria ainda lá? Será que ele queria escutar? Será que ele daria importância ao que ela tinha a dizer. Não se sabe a resposta, mais ela se fez ouvir, se fez chamar atenção.
O seu problema foi resolvido? Talvez. Ela continua a passar noites em claro.