sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Carta ao Fim do Mundo

Chove forte na grande cidade, raios caem e ressoam seus trovões constantemente. Estamos a dez dias do novo ano e também no dia marcado para que o mundo acabe – pelo menos é o que prevê o calendário Maia, hoje é o último dia de nossa existência.

Sentado, de frente a janela do 17° andar de frente a marginal, vendo carros e ônibus cortando a chuva, musica de elevador tocando ao fundo, um bom jazz por sinal, maioria dos funcionários já se despedindo desejando boas festas uns aos outros.

Querendo ou não, hoje 21/12 se encerra um ciclo a próxima semana do ano já não será como as outras que a antecederam, realmente o último dia útil do ano. A partir de agora começamos as nos planejar de novo, planos e sonhos a serem concretizados. Coisas que deixamos de fazer, outras que estamos por concluir e etc...

Espero que seja realmente o fim do mundo. O ato final de um mundo onde honestidade custa caro, o pensamento esta desvalorizado, idéias não são mais discutidas, onde bens são mais importantes do que valores, onde transformações não são aceitas. O fim de uma humanidade lobotomizada, programática, quadrada.

E que nesse novo ciclo de vida que começa como prega a cultura maia, possamos renascer mais autocríticos do que críticos, mais agentes do que somente observadores. E que notemos a necessidade de revisar algumas idéias anacrônicas da sociedade.

Em fim, um ótimo fim do mundo e um perfeito começo de um novo.

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