sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Amor em Atos

Às vezes a vida surpreende. Outras vezes ela apavora. 

Ele aprendeu que existe uma linha tênue entre as duas coisas, surpreendido por encontrar o amor, apavorado por não saber amar. O fator decisivo foi o outro, o segundo que com certeza deve estar passando pelos mesmos questionamentos. Ou não! Afinal ele já passou por isso antes e para Ele era a primeira vez. 

Ansiedade. Dessa vez não pode errar, não quer errar. Ele decidiu que vale a pena o frio na barriga e que está com a pessoa certa. Ele investe tudo naquilo, abre mão de seus projetos e alguns sonhos, mas se sente pleno com seu companheiro. 

Marasmo. O tempo passou e Ele não sente mais reciprocidade, o outro, já não é mais o mesmo. Erros foram cometidos e não houve como repará-los. Porém, não é só Dele a culpa. As coisas começam a esfriar, ainda assim, ele está confiante. Acredita naquele amor. 

Esfriou. Aos poucos os beijos diminuíram, os abraços, os toques e Ele sentiu falta, cobrou, reclamou, mas as respostas eram apenas desculpas "não estávamos em um lugar apropriado", "não gosto de grude". Não era grude, era carinho. E continuava acreditando. 

Choro. Um banho demorado cheio de lágrimas e soluços, antes mesmo de fim Ele sabia que já havia terminado. Deixou de acreditar que o seu amor era suficiente para os dois, que não precisava daquele tipo de carinho. 

Fim.